CAPÍTULO
II
Das
Macrozonas
Art.
29. As Macrozonas dividem o território municipal em:
I
- Macrozona 1 - Cidade Radiocêntrica: engloba o território compreendido
pelo Centro Histórico e sua extensão até a III Perimetral, constituindo
a área mais estruturada do Município, com incentivo à miscigenação e
proteção ao patrimônio cultural;
II
- Macrozona 2 - Corredor de Desenvolvimento: constitui a área entre
a BR-290, a Av. Sertório e a Av. Assis Brasil, sendo estratégica para
empreendimentos auto-sustentáveis de polarização metropolitana, com
integração de equipamentos como o Aeroporto e as Centrais de Abastecimento
do Rio Grande do Sul - CEASA S.A.;
III
- Macrozona 3 - Cidade Xadrez: compreendida entre a Av. Sertório e Cidade
da Transição no sentido norte-sul e entre a III Perimetral e o limite
do Município no sentido oeste-leste. Constitui a cidade a ser ocupada
através do fortalecimento da trama macroestruturadora xadrez, do estímulo
ao preenchimento dos vazios urbanos e da potencialização de articulações
metropolitanas e novas centralidades. São marcos estruturadores os três
Corredores de Centralidade: Sertório/Assis Brasil, Anita Garibaldi/Nilo
Peçanha e Ipiranga/Bento Gonçalves;
IV
- Macrozona 4 - Cidade da Transição: compreendida entre a Cidade Radiocêntrica
e a Cidade Jardim, devendo manter suas características residenciais,
com densificação controlada e valorização da paisagem. Constitui marco
estruturador desta Macrozona o Corredor de Centralidade Cavalhada/Tristeza,
que faz conexão entre bairros, sendo limitado longitudinalmente pelas
ruas Dr. Barcellos e Pereira Neto.
V
- Macrozona 5 - Cidade Jardim: caracteriza-se pela baixa densidade,
pelo uso residencial predominantemente unifamiliar e elementos naturais
integrados às edificações, com especial interesse na orla do Guaíba;
VI
- Macrozona 6 - Eixo Lomba-Restinga: estrutura-se ao longo das Estradas
João de Oliveira Remião e João Antônio da Silveira, com potencial para
ocupação residencial miscigenada, em especial para projetos de habitação
de caráter social, apresentando áreas com potencial de ocupação intensiva,
situadas na Área de Ocupação Rarefeita;
VII
- Macrozona 7 - Restinga: bairro residencial da Zona Sul cuja sustentabilidade
tem base na implantação do Parque Industrial da Restinga. Liga-se com
a Região Metropolitana através do Corredor de Produção;
VIII
- Macrozona 8 - Cidade Rururbana: área caracterizada pela predominância
de patrimônio natural, propiciando atividades de lazer e turismo, uso
residencial e setor primário, compreendendo os núcleos intensivos de
Belém Velho, Belém Novo e Lami, bem como as demais áreas a partir da
linha dos morros da Companhia, da Polícia, Teresópolis, Tapera, das
Abertas e Ponta Grossa;
IX
- Macrozona 9 - Parque Estadual Delta do Jacuí: área de preservação
do patrimônio natural, que constitui elemento fundamental para o processo
de desenvolvimento sustentado e inclui o Núcleo de Ocupação Intensiva
da Ilha da Pintada, devendo ser valorizada através da utilização do
solo compatível com a sua função no equilíbrio ambiental da cidade.
Parágrafo
único. As macrozonas estão representadas na fig.
10.
LEI COMENTADA
Art. 29 - Foram
identificadas nove macrozonas, que mostram as diferentes "caras"
de Porto Alegre. Estas áreas foram marcadas no mapa segundo o
tipo de desenvolvimento e as características que já possuem
hoje. Assim, para cada uma delas existem propostas diferentes.
Cidade Radiocêntrica (Macrozona 1) - é considerada a área
de expansão natural do Centro Histórico e onde se incentiva
uma "mistura" de atividades (miscigenação).
Fica entre o Centro e a III Avenida Perimetral (inicia junto ao Laçador
e segue pelas avenidas D. Pedro II, Carlos Gomes, Senador Tarso Dutra,
Salvador França, Aparício Borges, Teresópolis,
Campos Velho e Icaraí).
Corredor de Desenvolvimento (Macrozona 2) - foi assim denominada por
sua localização estratégica, já que ali
estão localizados equipamentos importantes como por exemplo,
o Aeroporto, Trensurb, a CEASA e o Parque Mascarenhas de Moraes. Fica
entre a Free-way e as avenidas Sertório e Assis Brasil. Tem um
papel fundamental para a integração com a Região
Metropolitana.
Cidade Xadrez (Macrozona 3) - recebe este nome porque nela serão
fortalecidas ligações viárias nos sentidos norte/sul
e leste/oeste, que formam justamente uma trama viária xadrez.
Nestas áreas o Plano Diretor incentiva o surgimento de novos
"centros", dando estímulos para que ali se instale
uma grande variedade de atividades comerciais, de serviços e
de lazer, misturadas ao uso residencial.
Cidade da Transição (Macrozona 4) - é uma zona
intermediária entre a parte mais populosa da cidade e a linha
dos morros, em direção ao sul do Município. Atinge
bairros como o Glória, Partenon, Cristal, Nonoai e Cavalhada.
Deve manter sua característica residencial e ter o crescimento
de moradores controlado, conservando sua paisagem natural.
Cidade Jardim (Macrozona 5) - abrange especialmente os bairros junto
à orla do Guaíba, como Ipanema e Assunção,
que devem manter suas características residenciais, com predominância
de casas e alguns edifícios sempre circundados por áreas
verdes.
Eixo Lomba-Restinga (Macrozona 6) - nela deve ser incentivada a construção
de residências misturadas ao comércio local, bem como a
construção de habitações de caráter
social voltadas para a população com renda familiar inferior
a cinco salários mínimos.
Restinga (Macrozona 7) - hoje é o bairro que concentra a maior
população da zona Centro-Sul, onde se impõe o desafio
de criar novos empregos e renda. Graças a ações
como o Parque Industrial, em desenvolvimento na área, que deverá
utilizar a mão de obra disponível na região, este
objetivo já está sendo parcialmente atingido.
Cidade Rururbana (Macrozona 8) - é caracterizada pela presença
de zonas de produção de alimentos e criação
de animais junto a áreas residenciais com baixo número
de moradores, espalhadas pela região. Nela existem, também,
os núcleos de Belém Novo, Belém Velho e Lami, mais
ocupados e com características de cidade intensiva. Dada a predominância
de valores naturais, como os morros e a orla, seu uso deverá
ser incentivado, também, para o lazer e o turismo ecológico.
Parque Estadual Delta do Jacuí (Macrozona 9) - é considerada
como área de preservação do patrimônio natural
e cultural por sua importância ecológica, não só
para Porto Alegre, como para todo o Rio Grande do Sul.